sexta-feira, 20 de maio de 2011

Colinenses nº 49 - Baliza no teto - crônica do Emb. Renato Prado Guimarães



Baliza no teto

                 Ninguém gosta de fazer “baliza” com o carro; é a exigência que mais reprova no exame para tirar carta. Embora o estacionamento seja fácil em Colina, aqui existe um cuidado adicional, e inusitado, a tomar.

                 Há normalmente que cuidar, na inefável manobra, para 1) não subir na sarjeta, do lado direito, com as rodas traseiras; 2) não bater com o para-lama dianteiro direito na traseira do carro parado à frente; 3) não tocar o carro atrás com a traseira do próprio carro; 4) não bater no carro da frente, ao ajeitar o veículo para ficar mais rente à sarjeta.

                Em Colina, é preciso, também, 5) por a cabeça pra fora, torcer o pescoço pra cima, e atentar para ver se não se vai bater o topo do carro nos galhos mais baixos das árvores frondosas. Tais como os carros estacionados, à frente e atrás, as árvores são uma baliza no alto – a baliza do teto.

                Duvidam? Pois então tentem parar em frente do “O Colinense”, na Pio de Mello Nogueira, à direita na direção da casa nova do Tô e do Perobal. É um perigo para qualquer carro – um risco letal, de vida mesmo, se for conversível.

                Isso aí só conta a favor de Colina e de sua arborização única, esplêndida, modelar, para nem o ecobotânico mais exigente botar defeito.

                Mas quem sabe o Maringá não queira inovar e bolar um sinal de trânsito pioneiro no mundo, alertando os motoristas para o risco vindo de cima, ao estacionar: uma árvore frondosa, com os galhos baixos, um carro arranhando o teto sob eles (RRRRRRRRR!), tudo inscrito num triângulo convencional de advertência? Para dar mais graça, um cachorrinho de pata levantada junto ao tronco...

                 Seria uma inovação capaz até de aparecer no Fantástico, com o Mi dando entrevista, e correr o mundo depois, glorificando Colina por colocar a árvore ecológica por cima do carro poluente!



SOBRE O AUTOR:

Renato Prado Guimarães nasceu em Colina, Estado de São Paulo.
Começou a carreira profissional como jornalista, nas “Folhas” e no “O Estado de S. Paulo”; paralelamente, formou-se na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco.Diplomata desde 1963, foi Secretário de Embaixada em Bruxelas e Bogotá, Chefe do Escritório Comercial do Brasil nos EUA, Cônsul Geral ad interim em Nova York, Ministro-Conselheiro na Embaixada em Washington e Encarregado de Negócios junto aos EUA, ad ínterim.Promovido a
Embaixador em 1987, exerceu aquela função na Venezuela, no Uruguai e na Austrália (cumulativamente, também na Nova Zelândia e em Papua-Nova Guiné). Foi igualmente Cônsul-Geral do Brasil em Frankfurt, na Alemanha, e em Tóquio, no Japão.
No Brasil, foi Chefe da Divisão de Programas de Promoção Comercial, porta-voz do Itamaraty na gestão Olavo Setúbal e Chefe do Gabinete do Ministro Abreu Sodré; fora de Brasília, foi Chefe do Escritório do Ministério das Relações Exteriores em São Paulo – ERESP, que instalou.Aposentou-se em abril de 2.008. Reside atualmente em Colina, sua terra natal, interior de São Paulo, Brasil.



É o autor de “Crônicas do Inesperado”, lançado em outubro de 2.009

Para contatos, usar o endereço de e-mail rpguimar@gmail.com
Aberto às suas opiniões, sugestões, etc...

para saber mais sobre o autor, por favor, acesse os links:
http://colinaspaulo.blogspot.com.br/2012/04/renato-prato-guimaraes-autor-colinense.html

ou seu blog: http://www.ccbf.info/blog


VERSÃO PUBLICADA NO COLINENSE EM 23/FEV/2013)
Colinenses nº 34
Batendo pelo teto
Ninguém gosta de fazer “baliza” com o carroé a exigência que mais reprova no exame para tirar cartaEmbora oestacionamento seja fácil em Colina,  aqui existe um cuidado adicional, e  inusitado, a tomar.
 normalmente que cuidarna inefável manobrapara
1) não  subir na sarjeta, do lado direito, com as rodas traseiras;
2) não bater com o para-lama dianteiro direito na traseira do carro parado à frente;
3) não tocar o carro atrás com a traseira do próprio carro;
4) não bater no carro da frenteao ajeitar o veículo para ficar mais rente à sarjeta.
Em Colinaé precisotambém,
5) por a cabeça pra foratorcer o pescoço pra cima,  e atentar para ver se não se vai bater o topo do carro nosgalhos mais baixos das árvores frondosas.
DuvidamPois então tentem parar em frente do “O Colinense”na Pio de Mello Nogueiraà direita na direção dacasa nova do  e do PerobalÉ um perigo para qualquer carro – um risco letal, de vida mesmo,  se forconversível.
Isso   conta a favor de Colina e de sua arborização únicaesplêndidamodelarpara nem o ecobotânico maisexigente botar defeito.  
Mas quem sabe o Maringá não queira inovar e bolar um sinal de trânsito pioneiro no mundoalertando osmotoristas para o risco vindo de cimaao estacionar:  uma árvore frondosa, com os galhos baixos, um carroarranhando o teto sob eles (RRRRRRRRR!), tudo inscrito num triângulo convencional de advertência. Para darmais graça, um cachorrinho de pata levantada junto ao tronco...
Seria uma inovação capaz até de aparecer no Fantástico, e correr o mundo depoisglorificando Colina por colocarárvore ecológica por cima do carro poluente!
Renato Prado Guimarães 

Postado em 23/02/2013
Por: A Redação


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