quinta-feira, 25 de abril de 2013

Ponte Alice Dias - 77 anos! Uma jovem senhora...


 
Em foto de Brook's Borges, a Ponte Alice Dias é nossa foto de Perfil:
do blog Colina SP (acima) e da Fanpage do Facebook Colina Cidade Carinho (abaixo) 

Renata Paro: a Ponte vista do alto do Prédio:








A ponte foi inaugurada no dia 1° de maio de 1936. No livro da D. Syria Drubi: Colina, Capital Nacional do Cavalo, pg. 56 e seguintes ela discorre sobre como a ponte foi conseguida. Já Nicola Gonçalves, em seu livro: Uma Inesquecível Viagem de Trem de Ferro e Outras Histórias Colinenses, pg. 38 e seguintes, relata a festa da inauguração da ponte de uma forma bem saborosa...

em construção

27/maio/1928, o educador Manoel Nogueira Padilha, através do jornal
"O Colinense" nº 450, escreveu um artigo intitulado Uma Grande Necessidade. A partir daí, grande mobilização através de abaixo assinado aconteceu na cidade, com o apoio da Prefeitura. Em 27/janeiro/1935 todos puderam festejar a chegada da tão esperada ponte que chegou de trem transportada por gondolas da Cia. Paulista. Em 1936, o Prefeito José Calazans de Moraes inaugurava a tão sonhada Ponte Alice Dias, hoje cartão postal de nosso municipio

1937 - ao fundo o Primeiro Grupo Escolar de Colina - Grupo Velho


do livro Uma Inesquecível Viagem de Trem e Outras Histórias Colinenses, de Nicola Gonçalves (Fotografo Zezinho)
Capa do livro Uma Inesquecível Viagemde Trem de Ferro e Outras Histórias Colinenses, de Nicola GonçalvesA autora da capa: artista plástica Mara Toledo, premiada em concursos de todo o Brasil
do livro Uma Inesquecível Viagem de Trem e Outras Histórias Colinenses, de Nicola Gonçalves (Foto Zezinho)



óleo sobre tela c/espátula, de Eduardo de Souza. Participou com esta tela do Mapa Cultural Paulista 2009/2010 Fase Regional, representando o Município de Colina. Eduardo tem várias telas com o tema Colina



foto Norma Sueli Stramasso

Estudio Mix Mazim - Orkut Colina.SP Fotos















O projeto da ponte está fixado na parede do Museu Municipal de Colina - Estudio Mix Mazim

A ponte fotografada de diversos ângulos, em diferentes datas e por diferentes fotógrafos:
Valdemar Vello (2008)


Antonio Sérgio Torquato - 2010/11





Renata Paro: 2011:











da Net



Mauricio Schivinin - IMAGEM DO DIA - RECANTO DA LUA

11 de Fevereiro via mobileblog















Alice Nogueira Dias, era filha do Cel. José Venâncio e, em sua homenagem, a Ponte Metálica e a Maternidade levam seu nome...


Alice Dias – uma história a parte.
Há quem diga que relembrar o passado é ruim. E quem vive de passado é museu, mas é preciso resgatar o passado para entendermos o presente e sonharmos com um possível e melhor futuro.
Era uma vez um lugarzinho no interior da capital, com espraiados, mananciais e ribeirinhas. Dono de tudo isso um Coronel que tinha um sonho; “Desejo ouvir o apito de um trem anúncio sonoro do progresso para toda a nossa região”. E da varanda com os pés esticados anos depois de doar uma vasta extensão de terra coberta de mata e desbravada pelas primeiras famílias, ouvia apitar um trem.
Faleceu José Venâncio, quando Colina estava em pleno progresso, prestes a se tornar um município de verdade. Seu nome foi doado em memória a um grupo escolar que anos depois pedia uma ponte para que suas crianças não tivessem que atravessar os trilhos para freqüentar a escola. A ponte recebeu o nome de “Alice Dias” que era filha de Cel. José Venâncio Dias, uma santa, que dedicou sua vida a ajudar o próximo que também deu seu nome a uma maternidade.
Bem do ladinho da ponte a estação ferroviária, quantos já chegaram e se despediram por ali, o progresso, o crescimento, tudo girava em torno da estação. Hoje, entregue ao tempo, a única coisa que circula por ali não é Maria fumaça, trem de carga ou passageiros. A fumaça é bem diferente do que aquela que se via sair da chaminé da “fodoca”, vem em menor quantidade e é tragada com calmaria por aqueles que ali freqüentam. Ao invés de trem circulam bandidos que estão bem à vontade por sinal, demarcam seu território feito animais, depredando, acasalando-se, multiplicando-se e já são muitos a olhos vistos, olhos de predadores, a espreita, famintos e dispostos a atacar presas fáceis: os filhos de Colina. O anuncio sonoro que se ouve não é mais o apito de um trem é agora pedido de socorro, de um socorro que não vem, Alice estava lá e fez o que pode pra ajudar, alguns vizinhos também, a policia chegou e cumpriu seu papel, oferecendo conforto e saindo na tentativa de ao menos tentar trancafiar o animal e acredito que muito em breve isso acontecerá, acredito nos profissionais que são. Os animais estão soltos, predadores, atacam rápido e se vão, deixando marcas, e o que nos resta é medo, medo de seguir em frente, medo de sentar na varanda e esticar os pés como fazia um certo Coronel, medo e vergonha de morar numa cidade onde animais que deveriam estar presos passeiam por nosso quintal enquanto nós nos trancamos atrás de grades e muros altos para nos proteger . Deixo a todos um conselho: denunciem sempre, não se calem diante do crime, ajudem a policia a cumprir o seu trabalho, e enquanto a ponte, dêem a volta, porque a ponte que foi feita para encurtar caminhos, pode também fatalmente encurtar sua vida.
Vagner Cotrim
Ator, palhaço e futuro ex morador de Colina. Publicado em 12/05/2011 Jornal "O Colinense" n.1499 Ano XC - Espaço do leitor
http://vagnercotrim.blogspot.com.br/2011/11/textos-e-cronicas.html


Placa comemorativa - turma de 1968 do Científico (Bebedouro) - reforma e pintura da Ponte Alice Dias...
Maria Dalila Prado Silveira: então conseguimos a tinta fizemos a placa e a prefeitura forneceu a mão de obra e... colocou na foto no carnê do IPTU do ano seguinte a reforma da Ponte Alice Dias como obra realizada



Esta foto da Ponte, retirada da Net, foi a foto de Perfil da Página Colina SP do Facebook e do blog 


Claudio Fernandes, nascido em Colina, em 1930 e que se mudou para São Paulo em 1945. Através dos contatos feitos pelo Facebook, ele nos narrou esta história sobre Alice Dias: 

LEMBRANÇAS DOS TEMPOS DE ESCOLA:

Entrei na Escola muito tarde. Enquanto outros meninos se matriculavam com 7 anos, eu me matriculei quando já tinha 10 anos, no Grupo Velho ( Grupo Escolar de Colina). Isso foi em 1940. A minha professora era a Dona ALICE DIAS, professora enérgica que punha ordem e respeito na classe. Se fosse no tempo da Dona Alice, menino nenhum bagunçava na classe, porque ela mesmo tomava as providencias e se o menino fosse reclamar com o pai, tomava outra correção do pai.
Lembranças: Era o aniversário da Dona Alice, minha saudosa professora. Todos os meninos se prontificaram em trazer um presente para a professora e eu tambem me prontifiquei. Cheguei na minha casa e falei para a minha mãe que eu tinha de levar um presente para a professora. A minha mãe me respondeu: - Amanhã eu vou fazer compras nas Casas Pernambucanas, você vai comigo e nós aproveitamos e vamos até a PAPELARIA TEDESCO, que ficava na Rua 7, um pouco adiante, no lado direito, quase perto do Grêmio.
Mas, no outro dia que era para eu ir com ela, chegou o primeiro aviião em Colina. Entrou roncando, passou por cima da nossa casa, à procura do lugar onde iria pousar. Mas, não encontrando onde pousar, chegou até quase perto do matadouro, fez a volta, passou por cima da chácara do Cel. Francisco de Paula Nogueira, onde hoje é a COAB, ao lado do Campo dos Operários, hoje Campo da Pedreira, e foi pousar no Campo de Pólo e logo correu a noticia que o avião tinha pousado lá. Eu e o Osvaldo Torquato corremos para ver o avião. O Avião pousou com a frente para o Portão do Campo de Pólo, mais ou menos a uns 50 metros do portão. Como eu demorei, minha mãe foi fazer compras e não me levou junto e não comprou o presente da professora.
Eu dormi pensando no presente que eu tinha que levar para a professora. Eu falei para a minha mãe: - E agora, o que eu vou fazer? A minha mãe desceu até o fundo do quintal e apanhou um lindo cacho de bananas ouro. Naquele tempo essas bananas eram raras. Eu corri até o boteco do Antonio Manco e pedi uma folha de papel para embrulhar pão. Recebi o papel, agradeci o portugues, e fui correndo para casa. A minha mãe embrulhou com todo o amor a penca de bananas, amarrou com barbante e eu peguei e fui para a Escola todo crente e feliz porque iria agradar a professora Dona Alice. Chegando lá, entrando na classe, todos os meninos começaram levar seus presentes. Por último eu fui levar o meu. Quando a professora abriu ela exclamou: XI, MENINO, UM CACHO DE BANANAS!... NA MINHA FAZENDA TEM TANTAS E VOCE AINDA ME TRAZ UM CACHO DE BANANAS? Mas, quando ela percebeu que era um cacho de bananas ouro, ela ficou contente, porque naquela época sómente o Borto (Bortolo) vendia bananas, mas só bananas nanica. Essa é uma das passagens que eu sempre me recordo com saudade da minha querida professora Alice Dias. Quanta saudade!


Alice Dias, a primeira à esquerda das fotos, no casamento do Dr. Lamounier de Andrade com Mariana Dias, sua irmã
Casamento de D. Mariana Dias, filha de Cel. José Venâncio Dias, com o Dr. Lamounier de Andrade

1º de maio de 2013 - 77 anos da Ponte Alice Dias...

Postagem publicada originalmente em 5/2/2012

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