sábado, 18 de fevereiro de 2012

Usina Santa Helena, pioneira no cultivo de seringueiras

Excelência e tradição em Heveicultura e no
Beneficiamento de Borracha Natural

Pioneira no cultivo de seringueiras no Estado de São Paulo.
Seu primeiro seringal foi plantado em 1959 e, desde 1969, transforma látex em borracha seca para uso industrial.
As sementes e mudas da Fazenda Santa Helena fazem parte da história dos seringais dos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.

História de uma família



A Fazenda São Joaquim, em Colina, Estado de São Paulo, coberta de cafezais, foi o dote que Alzira Junqueira recebeu de seus pais, Joaquim Firmino Junqueira e Rita Vilela de Andrade Junqueira, quando se casou com Eugênio Gomes do Val. Por muitos anos a Fazenda São Joaquim permaneceu produzindo, sobretudo, café, mas em 1959 recebeu do Serviço de Expansão da Seringueira (um Programa do Governo do Estado de São Paulo) vinte mil mudas de seringueiras. Porém, no mesmo ano o Governo encerrou o Programa e o seringal recém formado ficou inativo.
Em 1968, com o falecimento de então viúva Dona Alzira, as propriedades da família são divididas entre seus cinco filhos. Eugênio e Luis Augusto herdam fazendas em Ribeirão Preto. Lucas, o primogênito, fica com parte das terras, a sede e o nome Fazenda São Joaquim, em Colina, e Antonio Carlos recebe outra parte da mesma fazenda, que passou a ser chamada de Fazenda Barra Preta. Joaquim herda uma terceira parte das terras, que incluíam o seringal, e batiza seu quinhão de Fazenda Santa Helena, em homenagem à mãe de suas quatro filhas, sua esposa Helena. As seringueiras ali plantadas há tantos anos, por fim, começam a ser exploradas. Joaquim teve visão. Escollheu a área com "mata" porque sabia o quanto a borracha é necessária.
"Borracha tem mercado até em tempo de guerra. Você já viu avião ou jipe sem pneu?" dizia ele. Formado em Engenharia Civil Joaquim morava em São Paulo onde exercia sua profissão, mas seus conhecimentos técnicos também foram usados com uma boa dose de criatividade para que ele se tornasse um pioneiro na exploração da seringueira e do beneficiamento do látex. Já no ano seguinte ao recebimento de sua herança retomou o plantio do seringal e iniciou a formação de um viveiro.
Em 14 de março de 1971 Joaquim é foco da reportagem de capa do Suplemento Agrícola do jornal   

O Estado de São Paulo, que destaca a pequena usina de beneficiamento de látex da Fazenda Santa Helena, feita por ele, onde já era produzida a borracha seca tipo Folha Fumada e Látex Centrifugado.
Entre 1959 e 1980 Joaquim formou sua fazenda com mais de 60 mil pés de seringueiras e distribuiu mudas e sementes pelo Brasil, fomentando o desenvolvimento da heveicultura no País, especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.



No dia 16 de janeiro de 1981 Joaquim e Helena saíram de São Paulo para Colina. Ainda na Marginal Pinheiros, Helena, que lia o jornal para seu marido, percebe o veículo descontrolado.
Joaquim, debruçado sobre o volante, tinha sofrido um enfarte. Com a morte do marido, Helena passa a administrar sozinha a propriedade, inclusive aumentando a pequena usina, criada por seu marido, e continuando o plantio de seringueiras que ele iniciara. De 1985 a 1986 conta com a ajuda da filha caçula, Anamaria, e completa o plantio dos 100 mil pés que Joaquim havia planejado.
Em 1990, uma forte pneumonia afasta Dona Helena da direção da fazenda. Sua terceira filha, Maria Lúcia, administradora de empresas, a substitui até o ano 2000, quando passa o comando dos negócios para seu filho Fernando do Val Guerra e seu sobrinho Marcelo do Val Gasparian, filho de Maria Christina. Nesse período é feita a ampliação da unidade de beneficiamento de látex, com instalação da linha de Crepe Claro.
Em 2001 a primogênita de Helena e Joaquim, Helena Maria do Val Lara Nogueira e a segunda filha do casal, Maria Christina do Val Gasparian retomam o gerenciamento da propriedade, mas por pouco tempo, pois a família percebe a necessidade de inovar para crescer. Em 2003, aos 87 anos D. Helena decide fazer a partilha da Fazenda Santa Helena entre suas quatro filhas. Maria Lucia fica, na sua parte, com o nome Fazenda Santa Helena, Anamaria com a Fazenda Santa Helena do Meio, Helena Maria com a Santa Helena do Seringal.
As três irmãs ficaram trabalhando juntas e delegaram a administração ao filho de Maria Lucia, Fernando, que a partir de 2007 passou a contar com a colaboração de seu irmão mais velho Carlos Alberto do Val Guerra. Maria Christina passa a administrar sua propriedade, a Fazenda Santa Christina, mantendo uma parceria com as irmãs.
Em 2009 as irmãs finalizam o processo de separação cada qual tocando sua propriedade. Ficando a Usina Santa Helena a cargo de Maria Lucia e os filhos Fernando e Carlos Alberto.
Hoje, a nova geração visa uma administração com ética e responsabilidade, social e ambiental, em respeito aos valores herdados de seus avós e bisavós e principalmente como uma homenagem ao trabalho, pioneirismo e dedicação de Joaquim Firmino Junqueira do Val.


 Família do Val

 Helena do Val

 sangria da borracha

 Helena do Val e suas filhas



Um comentário:

  1. Pensar que meu pai, meus tios , meus avós ficaram nesta fazenda por mais de 50 anos , deixando suor sangue e lagrimas para a formaçao da mesma ,todos posteriormente desvalorizados . uns morreram la mesmo , outros dispensados com uma mao na frente outra atraz , que pena pra pessoas como o Lucas , dona Izabel e seus filhos , dr. Joaquim e Helena ,com certeza estao no inferno e os que ainda estao vivos piores que eu .sou da familia Trivelato que conhece bem as malvadezas desse pessoal desde os tempos do sr.Eugenio que tbm deve estar no mesmo lugar . QUE PENA PRA ELES .robertoseb1@hotmail.com

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