sábado, 18 de fevereiro de 2012

Canaricultura

Há 12 anos o advogado Marcelo Basso e o serralheiro João Inamônico “Carazinho” se juntaram para se dedicar a uma paixão em comum: a canaricultura. Juntos, têm aproximadamente 500 canários. “Cada um tem a sua criação, eu tenho os meus na minha casa e o João na dele”, explicou Marcelo, que herdou do pai o gosto pela atividade. Os amigos já participaram de diversas exposições ao longo desses 12 anos e conquistaram resultados expressivos. Marcelo, por exemplo, venceu o Campeonato Brasileiro em 2009, na modalidade cor e juntamente com “Carazinho” conquistaram o Torneio Internacional, realizado em Pirassununga, no mês de maio, na série “Feos sem Fator”. “Nos campeonatos os juízes usam o critério de comparação para decidir o vencedor na modalidade cor, que é onde a gente compete, quanto mais próximo a cor do canário estiver do manual de julgamento, maior será a pontuação”, explicou João. Um fato curioso é que apenas filhotes de aproximadamente 6 meses são levados para as exposições (O Colinense)






Felici O Colinense (11/agosto/2018)
Colinense, criador de canários, é campeão brasileiro
O criador colinense João Inamônico “Cará” ganhou mais quatro medalhas de campeão para sua coleção no 67º Campeonato Brasileiro de Ornitologia Amadora, realizado de 11 a 21 de julho em Itatiba-SP. Este é o 4º ano consecutivo que os canários são premiados pela coloração das penas, mas para participar da competição ele teve que conquistar a vaga no regional.
Até chegar ao Campeonato Brasileiro o criador participou de duas competições neste ano: o Torneio Aberto Internacional de Ornitologia Pirassununga, em maio, trazendo 4 medalhas e o regional ocorrido em junho, em Bebedouro, onde conquistou o 3º lugar no geral, foi campeão de eficiência e o “best in show” que significa que o canário do colinense foi eleito o melhor da exposição.
A expectativa para o evento de Itatiba, que reuniu 23 mil aves de concurso e teve mais de 30 mil boxes de venda, era grande por parte do criador que participou do campeonato no segmento de cor com 16 pássaros, sendo que 4 foram campeões brasileiros: vermelho mosaico; vermelho marfim mosaico; feo lutino intenso fêmea e feo lutino intenso marfim fêmea. Além disso, mais dois canários classificaram-se em 4º e 7º lugares (quarteto vermelho mosaico macho e feo albino dominante fêmea). Um canário do criador Marcelo Basso, que também participou da competição, foi campeão no quarteto amarelo nevado.
“Existem mais de 500 cores diferentes de canário no mundo e cada segmento de cor é julgado separado”, disse Cará que explicou que os juízes têm profundos conhecimentos em canaricultura. “Se tornar um juiz não é nada fácil, além de passar por prova escrita e prática, precisa continuar estudando para realização de estágio por mais 2 anos para uma nova avaliação. Antes de julgar sozinho é acompanhado por mais 3 anos”.
Para participar do brasileiro o criador precisa ser campeão no seu clube, então os melhores pássaros do país estão neste campeonato. “Ter canários campeões nesse evento é a coroação de um trabalho que requer dedicação e paciência”, destacou Cará que está iniciando a criação de canários no segmento de porte/postura, porém ainda não tem plantel suficiente. “A mão do criador muitas vezes faz o pássaro e o manejo é fundamental para realçar suas características naturais”.
HOBBY COMEÇOU NA INFÂNCIA
Cará iniciou a criação em 1999 com apenas 10 casais e hoje tem 75 com uma média de 380 filhotes por ano. A criação sempre foi seu hobby preferido e começou na infância com outras aves até chegar nos canários que são sua maior paixão. A 1ª exposição foi no ano 2000 e não parou mais. “Esse é um hobby que não visa lucro porque a criação se mantém e todo meu plantel é de exposição. Os gastos também são muitos, principalmente na época dos filhotes. Ter um pássaro premiado é a maior recompensa de um criador, a satisfação e alegria não tem preço”, salientou Cará que nunca esteve num mundial. “Os gastos são muito onerosos e o transporte dos pássaros para outro país exige uma série de cuidados. A vontade é grande, creio que a oportunidade vai chegar um dia”.
O criador é filiado a SORB – Sociedade Ornitológica da Região de Bebedouro e todos seus pássaros ornamentais possuem anilha, quesito básico para a participação em concursos. “O anel é a identificação do pássaro e contém todas informações referentes ao cadastro, nascimento, sigla e o número do criador”, ressaltou Cará que reside no Patrimônio onde mantém a sua criação premiada.



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