O porque desta foto ?????
Helio Camolese representando o "Decinho" que quando coroinha fazia esse Sino cantar, Tonho e Rui (neto de Nico Junqueira Franco, o doador do sino histórico) representando a familia Junqueira que colaboraram em grande parte para que esse Sino ficasse em Colina e José Francisco Paro, mais conhecido por "Zé da Padaria" que também quando coroinha fazia o Sino cantar ! Parabéns à todos ! (foto e legenda por Jose Angelo Carminati)
C O L I N d A se renova a cada dia, o sino da Igreja da Matriz foi substituído, e o mais importante: O antigo continuará aqui "graças" a colaboração de alguns Colinenses ! Parabéns aos colaboradores ! (Jose Angelo Carminati)
Renato Molleiro:
"Só tem memória, quem preserva a história" Preservemos a nossas relíquias. Parabéns, Colina.
"Só tem memória, quem preserva a história" Preservemos a nossas relíquias. Parabéns, Colina.
"Em 1940, influenciado por experiências relacionadas ao conflito armado ambientado durante a Guerra Civil Espanhola, Ernest Hemingway escreveu a obra "POR QUEM OS SINOS DOBRAM" Antes, porém, desde 1923, o Sino na torre da Igreja Matriz São José, em Colina - SP, dobrava... E dobrava entre outros motivos, nas despedidas... Sempre que alguma pessoa radicada neste rincão falecia, das residências onde se fazia o velório, os cortejos fúnebres passavam pela igreja onde a alma dos falecidos eram encomendadas a Deus... Ao sair da igreja, dobravam os sinos fazendo brotar ainda mais lágrimas daqueles que levavam o coração partido... À pé, o féretro subia a Sete de Setembro para o adeus no alto campanário... Conforme o Sino tangia e o cortejo fúnebre passava, as portas do comércio arreavam... Os homens tiravam o chapéu, e em silêncio, todos aguardavam o féretro passar para depois voltarem à lida diária... Eu era criança, mas tenho estas lembranças... Pelo timbre das badaladas, podia-se saber se era um homem ou uma mulher que havia falecido... Quando era um homem : Dom!... Dom!... Dom!... Se era uma mulher, batia assim: Tim!... Tim!... Tim!...(Se estiver equivocado, queiram me corrigir)."
Possuímos o maior sino do interior do Estado de São Paulo, menor apenas que os da Catedral da Sé e Mosteiro de São Bento da Capital. A bola do badalo pesa 35 kg! O sino foi doado por Antonio Junqueira Franco (Nico Junqueira, primeiro prefeito de Colina), ainda quando da construção da nossa Igreja (1923), inaugurada em 1924... (do site da Paróquia de Colina)
O Colinense (dez/2015):
SINO DA IGREJA SERÁ DERRETIDO... Padre faz apelo para que sino antigo, com valor histórico, permaneça na cidade...
Com problemas, o sino da igreja será substituído
Padre faz apelo para que sino antigo, com valor histórico, permaneça na cidade
Desde que a borda quebrou, provavelmente provocada pela substituição do badalo que também causou outros problemas, o sino da igreja não está mais sendo utilizado. O som que se houve de meia em meia hora, para anunciar as badaladas do relógio, são de uma gravação propagada pelas cornetas instaladas no campanário da matriz.
O problema já se prolonga há alguns anos e o pároco José Roberto Alves Santana então resolveu encomendar um novo sino de bronze para substituir o atual que está no mesmo lugar há 92 anos e nunca tinha sido retirado. Ele foi doado pelo ex-prefeito Antônio Junqueira Franco “Nico” e custou na época 10 contos de réis. O político também foi um dos responsáveis pela campanha, iniciada em 1920, para a construção da igreja matriz feita através de doações de comerciantes e fazendeiros.
A história não está só relacionada ao sino, mas também ao empresário Flávio Angeli, proprietário da Fundição Artística Paulistana, em Diadema-SP, que fez o novo sino e deve ser instalado dentro de no máximo 20 dias com a ajuda de um guindaste que irá içá-lo até o topo da torre, onde será fixado. O bisavô do empresário, Ângelo Angeli, confeccionou o sino da igreja em 1923 e seu nome foi gravado no bronze. A empresa que iniciou as atividades na Itália, no século XVIII, está há 4 gerações nas mãos da mesma família.
“A arte de fazer sinos passou de geração em geração e o segredo foi revelado de pai para filho, tanto que somos especialistas na fabricação de sinos de bronze para igrejas, capelas, paróquias, dioceses, etc”, revelou Angeli que ressaltou, “o sino da matriz colinense trincou e por isso não pode mais bater, ou seja, está inutilizado para a função pela qual foi produzido. O novo já está pronto, é idêntico ao antecessor, com todos os detalhes. Ele é todo de bronze, tem mais de uma tonelada de peso e demorou quase 4 meses para ficar pronto. Antes de chegar na fundição passou por várias etapas. Posso afirmar, com toda segurança, que o sino colinense é um dos mais antigos que conheço”.
O proprietário da empresa, acompanhado pelos funcionários Maurício Moreno e José Elias da Silva Neto, esteve em Colina na terça-feira, dia 24, para fazer medições no campanário e estudar como será feita a substituição do sino atual pelo novo. A visitação à torre da matriz colinense foi acompanhada pelo padre Santana e Luiz Fachina, responsável pela manutenção da igreja.
SINO VAI SER DERRETIDO
O desejo do padre é que o sino antigo permaneça na cidade, mas ele vai entrar como abatimento no pagamento do novo que custou R$ 90 mil, valor que será pago com o dinheiro da paróquia e de algumas doações.
“Com a entrega do sino antigo o valor diminui para R$ 60 mil. Dói muito saber que ele será derretido e o bronze usado na confecção de outros sinos. O valor histórico é incalculável porque foi fabricado antes mesmo da emancipação política de Colina”, explicou Santana que acrescentou, “a vontade é que o sino se torne acervo do museu, porém não temos R$ 30 mil para pagar a empresa. Se alguém tiver esse coração de deixá-lo aqui, onde sempre esteve, estamos aceitando doações. Pedimos a ajuda de empresários e políticos para que um dos patrimônios mais antigos da cidade não seja derretido e a história apagada”, destacou Santana.
Flávio Angeli explicou que o valor é caro por conta do bronze, material que tem alto valor de mercado. Ele garantiu que o som das badaladas será ouvido de longe, dependendo da direção do vento.
O novo sino vai aposentar as cornetas e o processo para a movimentação, de um lado para o outro, vai ser como antes, com o puxão de uma corda que ficará pendurada, sem a necessidade de subir no campanário. O novo sino será transportado de Diadema até Colina de caminhão.
(O Colinense)
Flávio com os funcionários da empresa checam o madeiramento do campanário da igreja.
Empresário Flávio Angeli explica ao pároco como o novo sino será colocado no campanário da igreja.
Sino da igreja que será substituído por um novo dentro de poucos dias.
fotos: Samira Zanolla Zeitum
Fotos: Vanilde Cotrim Alonso:
fotos de Maria Ap. Malpelli Rossini:
MEU PAI. O SINO VELHO TEM 92 ANOS.
MOMENTO HISTORICO .
foto de Michelle Mora Piai:
O Colinense (dez/15):
Possibilidade do sino ser derretido gera polêmica
A notícia, veiculada na última semana, de que o sino da igreja matriz pode ser derretido causou indignação em muitas pessoas, que procuraram a redação deste jornal para fazer um apelo para que isso não aconteça de jeito nenhum.
O sino da igreja matriz foi doado por Antônio Junqueira Franco “Nico”, o primeiro prefeito de Colina, em 1923, tanto que o nome dele foi gravado no sino colinense. Em meados de 1920 a comunidade da época iniciou campanha para a construção da igreja de Colina, que ainda nem tinha sido emancipada e era apenas um povoado.
Apesar de não ser visto, o sino sempre esteve na torre da igreja onde as badaladas sonoras se propagam e que há mais de nove décadas anunciam as horas. O sino colinense, que pesa mais de uma tonelada, é de bronze maciços pode ser considerado como uma raridade já que é um dos únicos, deste porte, em todo o Estado.
As manifestações que chegaram até a redação contestam a decisão da paróquia de entregar o sino como abatimento no pagamento do novo, que será colocado no campanário da matriz dentro de poucos dias. Elas retratam principalmente que o sino é uma relíquia, de valor histórico e cultuiral e a possibilidade de ser derretido deve ser descartada veementemente.
Foram apontadas também várias possibilidades como fazer um empréstimo em um primeiro momento e depois uma campanha junto à comunidade que ajudaria no pagamento das parcelas. As pessoas também questionaram porque esta campanha não foi feita antes da construção do novo sino.
Padre Santana disse que a paróquia não dispõe de R$ 90 mil para pagar integralmente pelo novo sino. Então surgiu a possibilidade da empresa ficar com o sino antigo e abater R$ 30 mil no pagamento. Ele disse que concorda que o sino faça parte do acervo do museu, porém afirma que a paróquia não dispõe do valor integral. “Estamos abertos ao diálogo e as doações de empresários, produtores rurais e políticos. Se arrecadarmos este valor o sino ficará na cidade”, destacou o padre.
Depois de mais de 90 anos badalando, o sino da igreja pode vir a ser derretido.
Gravação no sino da igreja matriz: ‘‘OFFERECIDO POR ANTÔNIO JUNQUEIRA FRANCO À MATRIZ DE COLLINA 1923’’.
19/12/2015: O Colinense
Paróquia inicia campanha para arrecadar valor do novo sino e pela permanência do antigo na cidade
O sino antigo dá lugar ao novo na torre da igreja matriz.
As imagens que fizeram parte da troca dos sinos, que movimentou a cidade no último dia 9.
O antigo sino foi cercado pelo público quando foi colocado no chão.
Paróquia inicia campanha para arrecadar valor do novo sino e pela permanência do antigo na cidade
Os olhares de centenas de pessoas estiveram direcionados na mesma direção na quarta-feira, dia 9, quando o antigo sino foi retirado do campanário da igreja para dar lugar ao novo. A movimentação e a presença de um guindaste em frente à igreja matriz durante quase todo o dia despertou a atenção de centenas de pessoas, que acompanharam todo o processo de perto.
A curiosidade talvez esteja no fato que a população sempre ouviu o som do sino, mas nunca tinha tido a oportunidade de vê-lo e de chegar tão perto ao ponto de até mesmo tocá-lo. Algo que emocionou algumas pessoas que lembraram que tal fato só havia acontecido há 92 anos, quando o primeiro sino foi colocado na torre da igreja e de onde nunca havia saído até a troca, que só aconteceu porque o sino antigo não estava mais funcionando e o som das badaladas era a reprodução de uma gravação.
As pessoas não queriam perder a oportunidade única e com os celulares registraram os momentos ao lado do antigo e do novo sino, inclusive postando as fotos nas redes sociais. A retirada e instalação foram comemoradas com aplausos. O trabalho foi paralisado para a realização de cerimônia, em frente à igreja, para a bênção do sino pelo pároco, antes de ser colocado na torre.
TROCA FOI COMENTADA NOS SERMÕES
A troca também gerou polêmica depois que a primeira matéria foi divulgada neste semanário na edição do dia 26 de novembro. O sino também foi assunto do sermão do padre em várias missas. Mas o que a maioria temia, não aconteceu. O antigo sino, considerado uma relíquia pelo seu valor histórico e cultural, vai permanecer na cidade e não será usado como abatimento para o pagamento da dívida com a empresa que confeccionou o sino novo.
Padre Santana revelou à reportagem que a empresa concordou em esperar o pagamento, estabelecendo um prazo para que isso aconteça. O que mudou é que agora o valor integral, de R$ 90 mil, terá que ser arrecadado junto à comunidade.
“Há pessoas que falam demais e não colaboram. Por outro lado há os que não se manifestam, porém são os primeiros a ajudar. Quem exige tem que ser o primeiro a se dispor porque o sino é patrimônio da igreja, que é da cidade. Só tem direito de dar sugestões quem colabora”, declarou o pároco.
FAMÍLIA DO 1º DOADOR FEZ MAIOR DOAÇÃO
A campanha já recebeu algumas doações e a maior delas até agora foi feita pelos familiares de Antônio Junqueira Franco “Nico Junqueira”, que fez a doação do sino à igreja matriz em 1923. A família doou R$ 30 mil para ajudar a paróquia no pagamento da dívida e para que o sino histórico permaneça em Colina. Os primos Ruy Varella e Antônio Junqueira Franco, que são netos de “Nico Junqueira”, primeiro prefeito de Colina e um de seus desbravadores, acompanharam a troca dos sinos. “Agradeço a todos que ajudaram, colaboraram e se empenharam para que esse grande acontecimento de fato se tornasse realidade”, disse Santana. Com a doação a dívida diminuiu para R$ 60 mil.
NOVO SINO SERÁ AUTOMATIZADO
A primeira badalada do sino ainda não aconteceu, mas no dia da instalação foi feito um teste e o som ouvido foi de ótima qualidade. “Quando estiver funcionando as badaladas do sino, que se movimentará de um lado para outro, produzirão seis tipos de sons diferentes”, contou Santana que revelou outra novidade. “O novo sino trabalhará no sistema de carrilhão e será automatizado, o que significa que bastará apertar um botão para ele tocar sozinho. A empresa Sinos Angeli, que confeccionou o novo sino, será responsável pela automação que custará R$ 6 mil”.
Quando a automatização for concluída o sino estará pronto e as primeiras badaladas deverão acontecer no final deste mês ou no início de janeiro. O novo sino tem todos os dizeres e símbolos do original, com a diferença que agora consta a inscrição “restaurado em 2015. Padre José Roberto Alves Santana e comunidade”. Outra curiosidade é que o sino traz a inscrição em latim “A Peste Fame Et Bello Libera Nos Domine”, que significa “O som é belo e dignifica o Senhor”.
O aspecto reluzente do sino novo também chamou a atenção e muitos se perguntaram: Se ele é realmente feito de bronze porque é dourado? O bronze polido e outros segredos dão a aparência iluminadora ao sino que irá tocar cinco vezes por semana, sempre meia hora antes do início das missas de quarta, sábado e domingo.
SINO ANTIGO NÃO VAI PARA O MUSEU
Padre Santana também está aceitando sugestões sobre o antigo sino, que não será colocado no museu. “O lugar dele é na igreja ou perto dela porque faz parte da história da paróquia. O que sabemos até agora é que ele não vai sair da praça ou da igreja, onde foi colocado”. Até agora surgiram muitas ideias, mas a que tem ganhado mais força é que o sino fique numa estrutura suspensa, próximo à igreja.
Uma outra opinião e os comentários no Facebook:
Paulo De Tarso Milani
30 de novembro às 16:39
Gostaria de falar sobre o sino da igreja católica de Colina. Em julho de 2012, visitei o sino na torre. Tirei fotos, medi os danos e identifiquei a razão das quebras e trincas que foram causadas ao sino devido ao seu uso incorreto e manutenção equivocada. Àquela época visitei o Padre quatro vezes. Houve relutância em se tentar uma solução de recuperação via solda. Eu era aluno do SENAI Ribeirão e alguns professores se mostraram interessados em virem à Colina para fazer o conserto. O professor de tratamento térmico solicitou-me um pedacinho do sino (0,5 cm2) para fazer uma 'biópsia' de sua constituição e, então, encomendar-se as varetas para solda de mesma qualidade mineral.
Em princípio, os professores viriam consertar o sino pelo preço de custo do aluguel da máquina de solda, da logística para içarem ela até a torre e da proteção (fechamento da área ao redor do sino) para não haver choque térmico durante e logo após a solda. A mão -de-obra seria a refeição na cidade! Como o padre se negou a fornecer (ou autorizar a retirada dos 0,5 cm2 de material do sino), disse ao padre que "a bola estava com ele" e se desejasse tentar recuperar o sino dos anos 20, histórico e insubstituível era só entrar em contacto comigo ou com o professor. Os danos ao sino se devem ao seu travamento (ele não balança há muitas décadas - supostamente por vibrações que a torre emite quando do seu movimento). Assim, resolveram usar o badalo do sino como martelo. Explico, quando se bate o badalo a batida é similar a uma martelada. O badalo toca no sino quando este está sendo balançado. O toque é sutil' e não seco como no caso da martelada. O badalo não aguentou e se esfacelou. Agora, a terceira coisa errada (a primeira foi fixar o sino, a segunda usar o badalo como martelo), como o badalo estava quebrado resolveram fazer uma gaiola de ferro ao seu redor. Ao se martelar o sino com o badalo engaiolado a área de contacto do badalo como o sino reduziu-se muito e o ferro da gaiola é que passou a martelar o sino. Assim, mai ou menos 20 graus da boca do sino quebraram de soltar os pedaços. Quinto erro, mudaram o local das marteladas pois o lado tradicional quebrou. Com o tempo o novo local das marteladas se trincou (mais ou menos uns 40cm da borda externa em direção à cabeça do sino). O som do sino passou a ser como de uma lata amassada! Expliquei ao padres Santana que eu como Colinense gostaria de ter o sino preservado e não derretido. Outro sino com o mesmo ou outro material é outro sino não este da década de 20 - histórico. Ele me disse que este assunto é para a congregação definir. Os sinos são feitos de uma mistura de estanho (~40 %) e cobre (~60%). Há uma lenda que diz que os sinos antigamente eram timbrados (obtinham a sua nota e o seu tom) a partir das suas dimensões (altura X largura), o seu formato externo e interno, em especial da borda da sua boca, e de ouro. Assim, se verdade, este sino (de aproximadamente 500 kg) deve ter uns 7 kg de ouro também. Será que é verdade? Por que não me deram uma amostra para a tal 'biópsia'? Não basta se ter o sino consertado ou um novo sino (derretendo-se este ou não), será necessário fortalecer-se a estrutura da torre do sino ou mudar a forma de se tocá-lo(no caso automaticamente, por um mecanismo que lembra o martelar de uma tecla de um piano). Eu não sabia nada sobre sinos até falar com o padre. Recomendo uma pesquisa sobre os sinos, há belos sinos e seus sons em páginas da Rússia, ucrânia, Alemanha, França, Inglaterra e Estados Unidos. O que podemos fazer?
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