quarta-feira, 18 de julho de 2018

A Ferrovia, a estação, o trem...


Esta foto é anterior a 1929 - bitola estreita (1 m). Entre 1929 e 1930 a bitola foi mudada para bitola larga 





Post publicado originalmente em 02/02/2012



Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1909-1971)
FEPASA (1971-1998)

clique neste link: Sobre a estação de Colina


 Provavelmente anos 30

1947 - O Estado de São Paulo

 1974 (fotos enviadas por Marlene Paro Caponi)


1974 - a frente da Estação





quadros do artista colinense Eduardinho




Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1909-1971)
FEPASA (1971-1998)

A linha-tronco da Cia. Paulista foi aberta em seu primeiro trecho, Jundiaí-Campinas, em 1872 e chegou a Bebedouro 30 anos depois, em 1902. Colina, que era um pouso de tropeiros entre Barretos e Bebedouro, teve a estação inaugurada em 25/maio/1909, no mesmo dia que a estação de Barretos, ainda em bitola estreita ou métrica. Em março/1998 a estação deixou de receber trens de passageiros. Atualmente, abriga o Museu Municipal. Ainda passam cargueiros por ali...
José Venâncio Dias doou a faixa de terras necessária à construção do trecho que passava por Colina à Companhia Paulista de Estradas de Ferro (que já estendera seus trilhos até Bebedouro e dependia de verba para aquisição do leito ferroviário para estender o trecho até Barretos) 
http://www.estacoesferroviarias.com.br/p/perobal.htm


1918 - o trem P-1, do tronco entre Rio Claro/Barretos

Casas da vila ferroviária. Ao fundo, a estação (1918).
Álbum de 50 anos da Paulista
as mesma casas de 1918, mas em 29/12/1999. Compare.
Foto Ralph M. Giesbrecht


mapa de Colina, com a estação e o pátio, em maio de 1939
(Acervo do Instituo Geográfico e Cartográfico de São Paulo)
A bitola larga chegou a Bebedouro em 1929 e a Colômbia, no Rio Grande, em 1930, onde estacionou. Nicola Gonçalves conta em seu livro Uma Inesquecível Viagem de Trem e Outras Histórias Colinenses (pag. 6) que seu pai trabalhou no "avanço da larga" (entre 1922/1926), o alargamento da estrada de ferro entre Rincão e Colômbia

o trem está deixando a estação de Colina e a foto foi tirada da antiga Estrada Boiadeira, um pouco antes de chegar ao cemitério. Este era o trem que saía de Colina para São Paulo às 10:40. Os esclarecimentos são de Antonio Sérgio Torquato (que estava neste trem) e a foto é de autoria de Luiz Antonio Torquato.



Composição da Companhia Paulista próxima a Bebedouro, em direção a Colina - Década de 60 - Naquela época o terceiro carro, o restaurante, era mantido da Luz até Barretos. No final dos anos 70, ele era retirado da composição e deixado em Rincão ou Itirapina.



distância de São Paulo: 428.106 km
altitude: 588.988 m acima do nível do mar

a fachada da estação:

1956


1963



 Carros de praça no pátio em frente à estação



2011






atualmente, Museu Municipal de Colina

entrada do Museu


A velha estação de trem de Colina, em toda a sua glória! 
Panorama linear resultado da colagem de 12 fotos tomadas em intervalos regulares ao longo da linha férrea. Montagem realizada no Hugin e ajustada no GIMP. ( Waldeck Schützer)



 Vistas da entrada do Museu



detalhes da Estação:








No Museu Municipal de Colina está o antigo telégrafo da Estação

A plataforma de embarque e os armazéns:

A plataforma da Estação ainda quando havia movimento de trens




























A vila ferroviária:




















Funcionários da Ferrovia:

segundo da esquerda para a direita: Lemírio Vieira de Souza
terceiro: José Luiz Falcoski
 último: José Luiz (Paula)
Falcoski, marido da Sônia Camolesi



 da esquerda para a direita: José Vieira Machado, ?,
Fausto Vulcani e Artur de Almeida
  
 A foto foi tirada em 1972. Da esquerda para direita: Pedro Marques Beato, Artur de Almeida, Izidoro Casagrande e José Vieira Machado Filho. Enviada por Sônia Mara Beato de Oliveira


 Segue uma foto dos meus pais qdo ainda namoravam ha 50 anos atras: Jose Luiz Falcoski e Sonia M Camolese Falcoski (via Paula Falcoski)


 Casamento dos meus pais Paulino Minuncio e Osoria da Silva Minuncio
Joao Carlos de Campos Tinham os filhos Viru e Paulinão que eu lembro
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2 a
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Helena Duarte Piai Mãe do Paulino era Piai, irmã do meu sogro...

 Antonio Fernandes Delgado, chefe da estação de Colina da Companhia Paulista de Estradas de Ferro em 1962 (enviada por Dalva Grieco)


Família de Antonio Fernandes Delgado


Dalva Delgado e Paulo Grieco , na casa da estação ferroviária, no dia de seu casamento 15/07/62 (obs: Dalva é filha do antigo chefe da Estação, Sr. Antonio Fernandes Delgado). com Dalva Grieco



A ferrovia atravessando a cidade:


por Renata Daher (próximo á Av. Mocir Vizoto com 7 de setembro)
















O trem entre Bebedouro e Colina


A partir de 1927, e até cerca de 1940, saía de Colina um ramal particular, pertencente a Antonio Junqueira Franco e Italo Morelli, que seguia por 24 km, em bitola métrica, para Jaborandi, até a fazenda Brumado, para trazer lenha. Este ramal era operado pela Paulista com apenas uma locomotiva e um único maquinista durante todos os anos de operação.
(Fonte: Museu de Colina e Relatório no.3, Secretaria de Estado dos Negócios da Viação e Obras Públicas do E. S. Paulo, 1929)
De acordo com o livro Colina, Capital Nacional do Cavalo, da D. Syria Drubi (pag. 591), era o ramal da Fodoca e trabalhavam, junto com José Camolese, Adão Cardoso, na troca de dormentes e Carlos Gonçalves como foguista.   


 Maquinista: José Camolese


Meus avós José Camolese e Tereza Paro Camolese, imigrantes italianos. Ele nasceu em Treviso, foi o primeiro maquinista da Maria Fumaça de Colina. Esta foto com seus filhos foi tirada em sua casa na Avenida Expedicionário Roberto Marcondes, que atualmente é a Oficina Irmãos Camolese, do Hélio Camolese. Acho que esta foto foi tirada na década de 30. 
Milena Camolese Prado: Em pé: Estéfano, Nica (Elvira), Silvio (Nico), Bernardino (Gino), Fioravante (Fiori) e Arnécio (Décio). 
Sentados: Osvaldo (Butim), Tereza e José, Clarice (Nina). 

Carlos Gonçalves, foguista

e Adão Cardoso na troca de dormentes

 Aurora Cardoso (Sanchez) e sua mãe, D. Clementina

 Sr. Adão Cardoso e sua esposa, D. Clementina com uma das filhas

Aurora Cardoso e sua mãe D. Clementina em sua casa na Rua Dr. Oscar Góes Conrado

Ainda no município de Colina havia duas outras estações: Palmar e Perobal


 A estação de Palmar foi aberta em 1912. Perto dela havia um campo de palmeiras, de onde derivou o nome da estação. A estação foi desativada em março de 1967 e o prédio foi demolido antes de 1986.


de acordo com a legenda original da fotografia de 1918, "desvios para embarque de gado e carregamento de madeiras". À esquerda, ao fundo, a estação de Palmar (Foto Filemon Peres).
ABAIXO: Ainda ficou nos restos da plataforma da estação demolida a placa com seu nome. Ao fundo, casas da vila ferroviária sobrevivem em meio à desolação (Foto Carlos Ronaldo Lopes, maio de 2008).







A estação de Perobal foi inaugurada em 1926, às vésperas do alargamento de bitola naquele trecho da linha. Foi demolida antes de 1986. Não encontramos fotografias disponíveis.
http://www.estacoesferroviarias.com.br/
Segundo Nicola Gonçalves em seu livro Uma Inesquecível Viagem de Trem de Ferro e Outras Histórias Colinenses, pag. 8, o nome da estação derivou de uma grande mata de perobas, desmatada em 1920 pelos madeireiros vindos de São Carlos, da Serraria Santa Rosa, à época a maior do Estado.

"De Colina, eu me lembro que, em fevereiro de 1953, quando fiz minha primeira viagem num Trem R (azul) para Barretos, já à noite, o guarda do carro que conversava comigo me disse que, uma semana antes, um bêbado, de dentro de um boteco próximo à estação, atirou no trem. A bala atravessou de uma janela à outra de um carro de 1ª classe, felizmente já vazio naquele ponta do trecho. (Histórias da Companhia Paulista que não foram contadas..."  - Leonardo Bloomfield, 01/2008)



A autoria das fotos está em cada uma delas. Agradecemos a todos os que colaboraram com esta postagem...

6 comentários:

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  2. sai de Barretos aos 7 anos de idade em 1968, viajamos a noite toda e chegamos a são Paulo de manha, o trem lotado, me tiraram pela janela, nem sei porque, mas foi minha primeira viagem de trem, depois fui outras vezes a Barretos de trem me lembro de todas as estaçoes porque eu ficava com a cabeça pra fora olhando tudo atentamente. me lembro dos dois apitos que o chefe do trem dava antes de partir, me lembro da troca de trens emrincão, da elétrica pra diesel, e dos solavancos. me lembro da ponte antiga no mogi guaçu e o medo que eu tinha quando o trem passava devagar nela, me lembro das estaçoes de mandembo, perobal e palmar e frigorifico. esta tudo na minha lembrança, saudades....

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  3. me lembro que certa vez no carnaval fomos a Barretos e na estação da luz os passageiros invadiram o trem muitos sem pagar, aquela multidão passou pelos picoteiros que ficavam ali conferindo as passagens, fui sentado numa mala ate bebedouro quando o trem esvaziou um pouco. sinto saudades de um tempo bom, daqueles carrinhos de refrigerantes e lanches da fepasa, que vontade de comer uma pao com mortadela ou churrasco e tomar guaraná antártica da garrafinha verde. parece que estou la....

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  4. quando vou a Barretos de moto paro em algumas estaçoes abandonadas e tiro fotos, tenho de mandembo, visconde do rio claro, bebedouro, Barretos, e da plataforma de palmar com suas mangueiras. lamentável quem abandonou ferrovias falar em trem bala, sem noção e o povo engole tudo como a mídia quer, e paga o preço por isso.

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    1. Obrigado por prestigiar nosso blog. Você poderia nos enviar tuas fotos das estações? Grande abraço.

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  5. Saudades ...sempre ia a bebedouro na casa da minha avó,depois até colina na casa dos meus padrinhos..eles tinham uma pensão bem na frente da estação...chamava pensão Paulo Cardoso ...nossa que bom lembrar e que saudades... gratidão.

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